em ordem alfabética
para T.
tirei 13 livros da estante. na releitura passei a gostar de um deles, que desprezava. um outro que gostava, gostei mais ainda. choveu o dia todo. não chorei. comi pipoca ao invés de almoçar, não recomendo. de tanto procurar um título pro poema: não achei. resolvi o BO do detran. senti saudades de L.
depois de dias (semanas) montei a mesa, mas faltaram 4 parafusos. r. me chama de parafuso, pelos que faltam também. arrumei os brinquedos em ordem alfabética. mentira. mas gostei de dizer isso, vou dizer mais vezes. marquei o eletricista pra segunda. conversei com m. por áudio e foi um tal de je suis tu est lelé da cuca — o setembro amarelo deveria ser um semestre: a prefeitura oferece massagem ayurvédica grátis nos parques da cidade, além de uma espécie de chá que acalma e nos leva à iluminação. imagina. m. usou o adjetivo azeda. esqueci de subir o feijão pro freezer. não posso culpar ninguém. limite é um coelho mágico. você vê como tudo passa e nada muda e tudo muda e nada passa e por causa disso de rápido e devagar a vida é perto, não tem a ver com velocidade. todo mundo “iluminado”, pensa, ia dar certo?
o coelho não volta pro texto.
combinei comigo de listar mentalmente o que fiz no dia, quando lembro, só pra sitiar o espaço mental ocupado por todas as tarefas que deixei de fazer. eu consegui a roupa centrifugada dentro da máquina (teste, não estendi); e 20 minutos de caminhada, a prateleira liberada pra J., os livros de volta na estante, a louça lavada, este 6 minutos pra você, T.
03.10.25

